Encontrei esse artigo que eu já havia publicado em um outro blog quando eu escrevia para o mesmo.
Reflitam sobre a TV e o que assistimos nela. Boa leitura!
Televisão. Cultura educativa ou atrofiante e apelativa?
Vocês já pensaram na força que a
televisão tem? Como ela influencia nossas vidas e nossos hábitos? Ela entra em
nossas casas sem pedir licença, toma conta do nosso tempo e da nossa rotina
por horas e horas.
A televisão cria e destrói
ídolos, elege e derruba políticos, faz apologia a corpos sarados e ao
consumismo exagerado, como se só pudéssemos ser felizes com isso.
Pensem na qualidade dos programas que entram nos nossos
lares, reality shows que cultuam a aparência, o dinheiro e a fama de
pessoas encolhidas a dedo para serem transformados em heróis ou bandidos,
programas sensacionalistas de violência num horário acessível a todas as
idades, novelas que apresentam um final feliz para aqueles que estão num bom
nível financeiro.
A pergunta é: A TV que traz entretenimento é a mesma que
atrofia? Creio que sim. Não posso dizer que na TV não existam coisas boas, mas
a verdade é que o que mais nos chama atenção é exatamente aquilo que não nos
traz nenhum conhecimento sensato. Mas a televisão não é a única culpada pelos
programas “imbecis”, pelas novelas com pornografia as 19h00min, pelos realities
shows que são uma verdadeira agressão à
inteligência humana e são repletos de sensacionalismo e incentivo ao
consumismo. A TV vive de audiência, só passa o que os telespectadores assistem.
Então se há tudo isso na lá, é porque dá audiência. O maior culpado por esse
atrofiamento cerebral causado pela televisão são os telespectadores.
Precisamos valorizar aquela programação que deixa
coisas nobres, positivas e educativas em nossas mentes e parar de dar audiência
para aquilo que não nos traz educação ou desenvolvimento social e humano.
Precisamos de programas educativos e não apenas de programas de moda ou
culinária, de novelas que tratem mais da vida das pessoas e que não mostrem
apenas cenas de sexo ou incentivo ao materialismo sem limites, de programas de
humor menos imorais e apelativos, de programas que tratem a criança como um cidadão
em desenvolvimento e não como um cliente.
A televisão, historicamente falando, já conquistou
diversas vitórias políticas, hoje ela continua alienando o telespectador para
seus fins individuais e políticos, assim como usa a religião para seus fins
materialistas e mesquinhos.
O que nos resta é reconhecer o que há de bom e de
ruim na TV, cabe a nós, sabermos o que devemos ou não assistir, o que devemos
ou não permitir que as crianças assistam. Se o povo é quem constrói sua
cultura, então que sejamos construtores da cultura televisiva. Cabe a nós
mudarmos ou darmos continuidade a ela.
Eduque a TV antes que ela eduque você.
(Sergio Rubens)
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