![]() |
Imagem da internet |
Numa
noite dessas quando saía de casa para encontrar uns amigos, passava por um
point da cidade onde tinha um daqueles paredões tocando a seguinte canção
"é ímpar, é par. Se der ímpar você chupa, se der par você me dá".
Ouvindo
isso, olhei para o ambiente no qual essa música tocava e vi um monte de gente
por perto cantando e dançando a canção e me lembrei de algumas outras
"músicas", como essa que já ouvi tocar por aqui. O tal "chupa
que é de uva", "eu boto ou não boto", "quer beber? vamos
fazer bebê agora", enfim... É bastante comum canções como essas fazerem
sucesso.
Continuando
a minha caminhada ao encontro dos meus amigos, encontrei um deles pelo caminho
e em relação à música que tocava ele me disse o seguinte: - Como é que alguém
se ocupa a compor uma música dessas? Eu respondi a ele da seguinte forma: -
Como é que alguém se ocupa a ouvir uma música dessas!
Ele me respondeu
assim: - É fazer o quê né! Isso é questão de gosto.
Contudo,
indaguei o seguinte: será que alguns "gostos", são mesmo questão de
gosto ou será falta de conhecer outras opções melhores? Será que se esses
mesmos ouvintes que curtem músicas como essas, tivessem uma influência no
sistema educacional e até mesmo dos meios de comunicação para conhecer outros
estilos musicais com canções de qualidade, não passariam a gostar de algo mais
educativo?
Essa é
uma pergunta bem difícil de responder, afinal o gosto também é uma questão
cultural, não é mesmo?!
Não tenho
a intenção de questionar os gostos musicais de ninguém, muito menos criticar quem
escuta certas músicas que tocam por aí; mas que tal refletirmos um pouco sobre
o que ouvimos, assistimos e lemos? Devemos orientar nossos, filhos,
alunos, sobrinhos e amigos para conhecer outros estilos de música com o intuito
de prevenir nossas crianças e nossos jovens de ser, no futuro, alguém com muita
idade, muito dinheiro, mas com pouca educação. E que o "gosto" deles
possa ser um pouco mais positivo, no que diz respeito ao crescimento humano e
social de cada um.
Músicas
como essa que ouvi nesta noite, vulgarizam a mulher, banalizam o sexo e
transformam as relações interpessoais apenas num fator físico. Além disso,
canções como essas citadas, incentivam aos jovens ao alcoolismo, ao uso de
drogas e ao sexo sem consciência.
Portanto,
essa cultura de músicas banais, sem respeito pelo outro e pela juventude, está
cada dia mais popular, e nós acabamos aceitando-as por acreditar que é uma
questão de gosto. Com isso, essa cultura vai se espalhando e tomando conta da
mente da sociedade juvenil.
Por fim, é
como um amigo me disse uma vez, gosto não se discute; se lamenta.
(Sergio Rubens)
Nenhum comentário:
Postar um comentário