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Sempre acreditei que a
perseverança e a fé nos ajudavam a conquistar os nossos objetivos. Sabe aquela
famosa frase que diz: “quem acredita sempre alcança”? Então, é mais ou menos
isso. Acreditar é o primeiro passo para realizar o seu sonho, seja ele qual
for; ficar rico, conquistar uma garota, ser aprovado no vestibular, passar de
ano, trocar de carro, fazer aquela tão sonhada viagem de férias, ou então, inventar para
o seu filho um monte de histórias só para ele acreditar e passar a comer uma
coisa que ele não gosta, enfim... Para
se conquistar ou realizar um sonho o primeiro passo é acreditar.
Eu conheço várias pessoas que
conquistaram um sonho que poucos acreditavam que eles conquistariam. Isso se deu
primeiramente porque acreditaram em si mesmos. Porém, mesmo eu sempre
acreditando nisso, nunca imaginei que a força do pensamento pudesse transformar
o sabor de uma comida em outro. É isso mesmo. É possível comer uma coisa e
sentir o sabor de outra, basta crer.
Mas antes de contar essa história sobre comer uma coisa e sentir o sabor de outra, vou continuar falando sobre o poder de acreditar em algo. Teve uma vez que eu sonhei
namorando uma linda garota da escola e passei a acreditar que eu ficaria com ela. No entanto, depois de um tempo, ela me apareceu com
outro. Depois disso, fiquei meio em dúvida sobre esse negócio de acreditar, mas
depois daquele lanche da tarde que minha mãe fez, eu passei a acreditar mais que conseguiria
alcançar meus objetivos.
Pois bem, vamos lá! Foi numa tarde aí
qualquer, quando eu tinha uns 8 ou 9 anos de idade que minha mãe chamou meus
irmãos e eu para fazermos o tradicional lanche da tarde. O prato do dia era:
Cuscuz com chocolate, isso mesmo, pode acreditar. Era cuscuz com chocolate de
verdade. Eu, criança inocente e apaixonado por chocolate, caí de boca no prato parecendo
um animal com quinze dias de fome.
Estávamos eu, minha irmã e ele: o
cruel, o malvado, o sem coração do meu irmão. Não consigo acreditar como alguém
consegue ser tão ruim assim. Juro do
fundo do meu coração que nunca tinha comido um cuscuz tão saboroso assim. Foi
então que aconteceu a maior desilusão da minha vida. Eu já estava quase
terminando de comer quando de repente meu irmão gritou assim: “eca! Isso não é
chocolate, é rapadura!” – ãn? Como assim rapadura? O chocolate até escorria no
canto da boca.
De repente, tudo mudou. Sabe
aquela música da Rita Lee que diz assim: “tudo vira bosta”, então, eu tive a
sensação que tudo tinha virado uma bosta, mas nesse caso, só virou rapadura
mesmo.
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A minha mãe num golpe mais
certeiro do que o de um mestre de kung fu, ralou a rapadura bem fininha, colocou no cuscuz e nos disse que era chocolate com o intuito de fazer seus filhos comerem pra ficar forte e
ganhar “sustância”.
Mesmo com tudo isso, não fiquei chateado com
minha mãe que me fez acreditar que a rapadura era chocolate, mas sim com meu
irmão que tirou a minha felicidade e a minha alegria de esta comendo a oitava
maravilha do mundo que era aquele cuscuz com chocolate.
Desde aquele dia, sempre que vejo
uma rapadura me lembro daquela tragédia causada por meu irmão. É como eu falei
no início deste texto, acreditar é o primeiro passo para se conseguir um
objetivo. Minha mãe fez isso. Fez-me acreditar que tinha chocolate no cuscuz
para me fazer comer, pois eu não tinha muito apetite quando criança.
Contudo, ficam duas lições desta
história. A primeira é que nunca devemos deixar de acreditar mesmo quando o que
almejamos possa parecer impossível. E a segunda é que nunca, sob nenhuma hipótese,
destrua o sorriso e a alegria de uma criança, isso pode trazer traumas
terríveis, no meu caso, trouxe trauma de rapadura.
(Sergio Rubens)
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