quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

Um lugar especial

Uma homenagem aos amigos que conheci na Capacitação da 17° turma para Monitor/Educador das Escolas de Inclusão Digital e Cidadania no CENTERN - Centro de Treinamento da EMATER-RN, um lugar simplesmente encantador.

CENTERN

Um lugar especial

Ouvindo o cancão cantar
Junto com o sapo e a gia,
A lua que vai sumindo
Forma perfeita harmonia,
Cheiro de mato molhado,
Chuva bate no telhado,
A noite traz alegria.

Os coelhos já brincavam
Quando enfim escureceu,
Os cachorros já latiam
E a noite então se deu,
Uma estrela vem surgindo
As nuvens estão sumindo
E a chuva então morreu.

Olhando essa natureza
Bem aqui perto de mim,
Tem um coqueiro bem grande
Outro nem tão grande assim,
Tem uma cobra coral,
Grilo canta no quintal,
Isso não pode ter fim.

A chuva já acabou,
O calor já vem chegando,
A noite silenciosa,
O pensamento voando.
Lembro da minha morada
Numa rua entediada
Com a poluição reinando.

Vejo quanta coisa boa
Tem aqui nesse lugar,
Nem ao menos sinto falta
Da minha cama e do meu lar,
Eu só lembro é de mãezinha
Naquela cidadezinha
Ansiosa a me esperar.

Contemplando a natureza
Lembro da minha cidade,
Violenta e poluída
Muita criminalidade,
Muito barulho na rua,
Realidade nua e crua
De um povo sem liberdade.

Aqui eu me sinto livre
Perto dessa natureza,
É como se eu fosse parte
Dessa tamanha beleza.
Aqui me sinto mais puro,
Mais humano e mais seguro
Aqui vivo com certeza.

Mais uma vez eu olho
Calmamente pro meu lado,
Vejo um cacto bonito,
Um morcego abestalhado,
Voando num sobe e desce
Como se ele estivesse
Meio que embriagado.

Eu fiquei admirado
Com a beleza do pavão,
Com o silêncio da noite,
E com o barulho do trovão.
Aquela linda rolinha
Tão calma e tão mansinha
Ficou em meu coração.

As borboletas nos alegram
E voam com liberdade,
Até mesmo dos mosquitos
Sei que vou sentir saudade,
Da fruta tirada do pé
Com um olhar cheio de fé
Pra uma vida de verdade.

(Sergio Rubens)

quarta-feira, 25 de dezembro de 2013

Meu último poema de amor


Não escreverei mais poemas de amor,
Não tenho mais razões para escreve-los.
Os meus versos, não são mais os mesmos.
Minhas rimas não existem mais,
Minha inspiração se foi.
Tudo virou nada.

Não falarei do perfume das rosas 
Pois me lembra o cheiro seu. 
Não vou falar da natureza,
Pois tamanha beleza
Me lembra a sua.
Não vou falar do fogo quente
Pois o seu beijo foi o mais ardente
E o melhor que pude beijar.

Como vou escrever poemas de amor
Se o meu amor se foi?

Agora...
Eu sou uma luz
Que não produz sombra,
Sou um sol sem calor,
Uma lua sem brilho,
E um amante sem um amor.

Sou um poeta destruído
Sou meu próprio inimigo
Sem carinho, com espinhos,
E cheio de saudade.

Para eu voltar a fazer poemas de amor
Preciso de novo da inspiração
Preciso de novo do meu amor
Na minha vida e no meu coração.
Necessito de sanidade,
De um pouco de verdade
E menos dor.

Só voltarei a fazer poemas de amor.
Quando você voltar, meu amor.

(Sergio Rubens)

terça-feira, 24 de dezembro de 2013

Mensagem de Natal.




É mais um natal que chega. Mais um daqueles momentos de reunir a família, lembrar de momentos passados, desejar felicitações para os amigos distantes, fazer as pazes com aqueles com quem tivemos momentos não muito prazerosos durante o ano, enfim... Natal é tempo de reflexão, tempo de relembrar o nascimento do maior herói que a humanidade já viu, tempo de propagar o amor, a amizade, o carinho, a união e a fraternidade entre os homens. Natal é tempo de ser solidário, de ser mais generoso, mais educado, mais gentil...

Mas por que esperamos o ano inteiro para manisfestarmos esses sentimentos? Por que nós somos generosos, solidários, educados e gentis só no natal? Será que em meio a um mundo tão badalado de coisas fúteis, manifestar amor e amizade pelo próximo não seria uma saída para termos um mundo melhor e mais justo?

Passamos o ano inteiro brigando com os amigos, sendo mal educado com alguns, negando solidariedade a quem precisa, falando mal do outro pelas costas, criando atritos, promovendo atribulações e guardando rancores. 

Quando vem o natal e as festas de fim de ano, é como se todo mundo ficasse "bonzinho" da noite para o dia. Ninguém guarda mágoas, todo mundo é amigo de todo mundo, todo mundo ajuda todo mundo e quando o natal acaba, todos voltamos a ser como antes. 

Somos medíocres. Damos tapinhas nas costas com vontade de dar um soco na cara, damos abraços com vontade de dar uma gravata e matar enforcado. 

Além de toda essa mediocridade, nós, ainda transformamos o natal numa época de valorização dos bens materiais. Esquecemos o verdadeiro sentido do natal que é celebrar o nascimento de cristo, e criamos como principal representante o Papai Noel, que alimenta os sonhos da burguesia e despreza a criança pobre.

Que neste natal, nós realmente possamos refletir sobre as nossas práticas diárias. Sobre o que fazemos, sobre o que dizemos e em que podemos evoluir. Que neste natal, possamos abraçar de vez o espírito natalino e levá-lo conosco para todo o sempre. 

Que este natal sirva de lição e aprendizado, para realizarmos durante o ano inteiro aquilo que esperamos o natal chegar para fazer.

FELIZ NATAL PARA TODOS!

(Sergio Rubens)

sábado, 21 de dezembro de 2013

Saudades...


A saudade tem cheiro, tem voz, tem retratos. A saudade é a poesia da esperança. É ela que mantém viva as boas lembranças do passado.

Eu tenho saudade de muita coisa, saudade de quando era criança, de sentar dentro do carrinho do supermercado, de ganhar uma bola “dente de leite” nova e jogar com ela no meio da rua, saudade de tomar banho de chuva, de jogar pião, de brincar de esconde-esconde, de namorar escondido, de chamar minha mãe no meio da noite e de sonhar com o brinquedo novo que ganharia no meu aniversário.

Tenho saudade dos amigos de infância, do dia da recreação da escola, do almoço de domingo, dos fins de semana que meu pai chegava de viagem e brincava com a gente.

Tenho saudade de ser adolescente, de me apaixonar perdidamente pela garota mais linda da escola, de escrever cartinhas de amor, de procurar o disco voador e de ver o sol nascer. Tenho saudade de passar o fim de ano com a família reunida, tenho saudade de uma vida que eu sei que não volta mais.

Tenho saudade de quando tocava o sinal do recreio, dos torneios de futsal na quadra da escola, de correr descalço na rua e das corridas de bicicleta que eu fazia com meu primo. Tenho saudade do tempo perdido, do que já foi esquecido e do que ainda está por vir. Tenho saudade de ter medo do escuro, de guardar o segredo mais profundo, das juras de amor eterno, das brigas com os colegas da escola e de dormir fora de hora escondido de minha mãe.

Saudades de brincar de amarelinha, de esperar ansiosamente o primeiro dia de aula para conhecer os colegas novos e rever os antigos. Tenho saudades de muitos amigos que se foram, dos que se mudaram ou que partiram para nunca mais voltar.

Tenho saudades das expectativas que criei, das coisas que planejei, dos sonhos realizados, dos amores guardados, dos momentos mágicos, do maior desejo, do primeiro beijo que dei na pessoa que mais amei, do amor que eu ganhei de quem eu também amei e que ainda irei amar.

Eu tenho saudade de quase tudo, principalmente daquele abraço mais sincero, do olhar mais apaixonante, do sorriso mais contagiante pelo qual me apaixonei. Tenho saudade de namorar na cozinha, saudades daquele beijo com as pernas entrelaçadas na minha cintura, da minha maior aventura e dos momentos que causaram emoção.

Pode me faltar muita coisa no coração, mas a saudade... Essa não, pois tenho saudades de tudo que vivi na vida, até da parte mais dolorida que me causou aflição, mas o tempo passa rápido sob as luzes que iluminam a escuridão.

A saudade é o sentimento mais sublime e o mais cruel, ela nos leva para o inferno e para o céu, nos leva para o limite, nos relembra momentos incríveis e nos traz a vontade de vivê-los de novo.

Essas saudades ficam guardadas no coração e jamais irão para outro lugar. Embora a saudade sempre deixe a impressão que alguns momentos são impossíveis de viver de novo, existem outros que são possíveis de reencontrar.

(Sergio Rubens) 

segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Viver sem você



Viver sem você

Hoje eu vivo perdido no mundo
Andando sozinho e pisando devagar
Tentando achar no meu interior
Algo que possa me fazer acreditar
Porque hoje eu já consigo compreender
Que sem você eu não posso estar.

É como viver sem emoção,
Uma luz consumida pela escuridão
Ou um navio perdido no mar.
Viver sem você é viver sem carinho
É um passarinho que caiu do ninho
E não encontra o caminho de volta.

Viver sem você é estar vivo no corpo
E estar morto na alma.
É viver sem sentido, sem amor e sem calma.
Hoje não vivo, apenas existo em meio ao nada.
Vivo sofrendo sem ver seu sorriso
Sem meu paraíso que tanto me acalma.

Viver sem você é viver ser amor
Sem mundo, sem nexo, sem céu, sem razão.
Pois só em você encontrei emoção,
Carinho, afeto e amor.
Com você acharei a saída
Para ser livre e amar de verdade

Daquele beijo eu sinto saudades
E o alaranjado que cobre meu céu
Ficou sem cor, sem amor e sem vida.
Hoje eu tenho um coração acabado
Sentindo um vazio sem você do meu lado
Dormindo pra vida e sonhando acordado.


(Sergio Rubens).

quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

Isso sim é ser artista!

O verdadeiro artista

O sentido de ser artista
É fazer da vida uma arte!
O cobertor é um estandarte
Não precisa de revista,
Não faz arte elitista,
Ele ama a humanidade,
Quer melhor sociedade,
É a arte que o faz
Mais humano e mais capaz
De viver com liberdade.

O artista de coração
Sustenta a sua cultura,
Não se rende a ditadura
E se alia com a educação.
Exemplo de cidadão
Ele não vai se importar
De ridicularizar
Sua imagem e seu rosto,
Ele não sente desgosto
Se alguém o odiar.

O verdadeiro artista
Faça chuva ou faça sol
De noite ou no arrebol
É contra quem é racista,
É simples e otimista
E não briga sem motivo,
Respeitoso e emotivo
Pra violência faz pausa
Não é rebelde sem causa
Tem caráter educativo.

O verdadeiro artista
Ele quer compreender
Porque os homens do poder
Dizem que a saúde é vista
Com olhar bem otimista,
Mas não se vê resultado
O povo já ta cansado
De ter saúde doente
Nem um trabalho decente
Pra esse povo abandonado.
  
Quem faz arte com amor
Sabe que não é só pintar
O rosto e se apresentar
Tem que lutar com vigor,
Com atitude e clamor
Para o mundo melhorar,
Para poder alegrar
O nosso povo guerreiro,
Pro Brasil e pro estrangeiro
Viver num melhor lugar.
 
Artista quer de montão
Lutar por melhoramento
Ruas com saneamento,
Gente com educação,
Mas lhe dói o coração
Ver a criança sem escola
Na rua pedindo esmola,
Isso é causa suficiente
Pra rebeldia da gente
Que quer sair da gaiola.
  
(Sergio Rubens)

segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

Mais uma poesia...


Eu quero trazer amor

Pra esse mundo todo cinza
Eu posso trazer a cor
Posso falar de alegria
Em vez de falar de dor.
Não quero falar de medo
Vou descobrir o segredo
E o mistério do amor.

Não pretendo ser cruel
E nem vou fazer maldade
Pra quê negar uma mão
Se posso ter amizade?
Não quero negar carinho
Quero encurtar o caminho
Para a minha liberdade.

Pra quê propagar o ódio
Se eu posso dar amor?
Pra quê negar o carinho
E insistir no desamor?
Não perco mais essa dança
Quero ter a esperança
Pra alegrar um sofredor.

Pra quê tanta agitação
Se posso trazer calmaria?
Pra quê dizer bobagem
Se posso fazer poesia?
Faço prosa, faço verso,
Ponho calma no universo
E busco a sabedoria.

Pra quê pensar no pior
Se posso ser otimista?
Pra quê ser um doutor
Se eu posso ser artista?
Eu não quero mais amar
Se não for pra alegrar
Um coração pessimista.

Posso fazer caridade
Em vez de fazer covardia
Posso fazer do amor
A mais bela poesia
Eu posso usar a flor
Pra curar toda dor
E propagar alegria

Vou fazer do fel o mel
E do dia um luar.
Vou fazer o triste feliz
E um desiludido sonhar.
Vou buscar o paraíso
E tudo o que for preciso
Pra nunca deixar de amar.

 (Sergio Rubens)

quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

Nem tudo é o que parece


Nem tudo que reluz é ouro,
Mas tudo que brilha chama atenção
Nem tudo que tem valor é um tesouro
Nem toda palavra sai do coração

Nem tudo que é bonito é arte
Nem toda boa batida é samba
Nem tudo que existe faz parte
Nem sempre se está na corda bamba

Nem sempre se entende o que se diz
Nem todo amor tem compaixão
Nem tudo está bem no seu nariz
E todo mundo tem um coração

Nem todo engraçado é feliz
Nem tudo que é proibido é lei
A alegria é sempre o que condiz
Nem tudo que me ensinaram eu sei

Nem todo poeta faz rima
Nem toda criança é inocente
Nem toda mulher já foi menina
Nem sempre a gente diz o que sente

Nem todo pobre ou preto é ladrão
Nem todo caminho se anda a pé
Nem todos têm um pedaço de pão
Nem toda oração é feita com fé

Nem tudo o que parece deve ser
Nem todo homem rico é esnobe,
Aparentemente da pra ver
Que nem tudo que se quer a gente pode

Nem sempre a vingança justifica
Nem todos que morrem vão pro céu
Eu sei que a bondade se aplica
Mas nem pra todos tiro o meu chapéu.

(Sergio Rubens)

sexta-feira, 29 de novembro de 2013

Em prol da preservação do meio ambiente


Um meio ambiente qualquer

Muito recentemente
O planeta ta mudando,
De forma exagerada
Ta tudo se transformando,
A terra ficando quente
E água limpa se acabando.

Olhando a natureza
Sendo muito destruída,
Com tanto desmatamento
Muita água poluída,
E aquecimento global
Será que temos saída?

O homem sempre abusou
Desses seus bens naturais,
Sujou rios e lagoas
Matou vários animais,
E até poluiu o ar
Que nos prejudica demais.

A fumaça das fabricas
E também a das fogueiras,
O vapor dos carros,
Exploração de cachoeiras,
Destruição da Amazônia
Pra retirar a madeira.

Tudo isso prejudica
O bem estar natural,
E atinge o planeta
De uma forma banal,
E acaba comprometendo
O futuro para o mal.

Ainda temos muito tempo
Pra isso tudo melhorar,
Se junto trabalharmos
Pra esse mundo mudar,
Não jogando lixo no chão
Já da pra começar.
  
Não desperdiçar água,
Comprar produto reciclado,
Arborizar a cidade,
O lixo bem separado,
Temos que agir rápido
Estar sempre preparado.

Temos que ser coerentes
Com os bens naturais,
E cobrar dos governantes
Atitudes mais reais,
Para o meio ambiente
Não piorar ainda mais.

Se nós não cuidarmos
Desse meio ambiente,
Vai acabar afetando
O futuro de toda gente,
O que será do mundo
Mais futuramente?

Chega de só reclamar
Ta na hora de agir,
O ambiente precisa
Não devemos fugir,
Sem sequer nenhum engano
É dever do ser humano
Não deixa se destruir.


(Sergio Rubens)