terça-feira, 12 de novembro de 2013

Uma reflexão sobre a nossa educação

Será que somos realmente alfabetizados?

Se a alfabetização se resumisse somente no aprendizado do alfabeto e no ato de decodificar códigos, poderíamos dizer que no Brasil ainda existem cerca de 14 milhões de analfabetos segundo o IBGE, mas se observarmos pelo lado de que ler consiste na capacidade de interpretar, compreender, criticar e produzir textos, o número de analfabetos cresce consideravelmente. 

A alfabetização contribui para a socialização, a inclusão social e para o desenvolvimento do cidadão, assim como favorece o acesso ao conhecimento dos bens culturais da nossa sociedade e do mundo em que vivemos.

Atualmente, ser alfabetizado, ou seja, saber ler e escrever, têm se mostrado uma condição insatisfatória para corresponder às demandas da contemporaneidade. O fato de uma pessoa não conseguir interpretar textos e não saber o significado de várias palavras em diferentes contextos contribui para aquilo que se conhece como analfabetismo funcional. 

Segundo a pesquisa denominada “indicador de analfabetismo funcional”, divulgada pelo IBOPE em 2009, se você é capaz de ler e compreender totalmente textos como este você faz parte de uma elite do Brasil: O seleto grupo dos plenamente alfabetizados. Apenas 25% da população brasileira se enquadram nessa categoria.

Há alguns questionamentos pertinentes quanto a isso. Como um aluno consegue sair da escola sem compreender aquilo que lê? Ou melhor. É possível melhorar a qualidade de vida em um país onde a maior parte da população sofre de analfabetismo funcional?

Já é claro e evidente, que a política nacional só vê a educação através de estatísticas, questionários socioeconômicos, como aqueles que os estudantes respondem quando fazem a inscrição do Enem, por exemplo, só serve para mostrar quem frequentou a escola e quem aprendeu a ler, mas não identifica que tipo de aprendizado adquiriu.

O que se percebe, é que o sistema de educação no Brasil é inadequado à necessidade do educando, não dá para culpar os educadores e nem as escolas, pois os mesmos são obrigados a seguir um uma conduta estabelecida pelo Ministério da Educação, conduta essa insatisfatória, afinal, estão sendo formados meros decodificadores da leitura e da escrita, gerando uma enorme quantidade de pessoas com grande dificuldade de adquirir conhecimento, cultura e informação.

É preciso voltar os olhos para a qualidade do ensino, não conseguiremos crescer uma nação sem cidadãos conscientes e bem formados. Precisamos de uma educação digna de um país em desenvolvimento. Não dá para melhorar a qualidade de vida de um país, sem pessoas capazes de compreender, criticar e produzir.

Tá na hora de acabar com a educação que forma, mas não informa.
(Sergio Rubens)


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