segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Uma reflexão sobre a cultura tecnológica

Imagem da internet

Evolução tecnológica e regressão na convivência social

Alguém já se perguntou o que estamos deixando para as futuras gerações? Apenas máquinas, jogos, computadores, celulares e redes sociais? Porque não deixamos também uma boa educação e lições para se conviver melhor em sociedade?

Sabemos que os aparelhos tecnológicos tem o intuito de facilitar a comunicação e torná-la mais rápida, o que não deixa de ser verdade, com a tecnologia que temos hoje, a comunicação realmente se tornou mais rápida. A grande incógnita é! Que tipo de informação queremos que chegue até nossas crianças e jovens? Será que a informação que está chegando até eles é a mais viável? Como fazer para controlar a informação que chega em nossa casa, na escola, no celular e na TV?

Novelas com cenas de sexo explícito as oito horas da noite, reality shows com culto às bebidas e farras, pais ocupados demais para saber o que seu filho anda vendo na internet, escolas preocupadas muito mais com a quantidade de alunos aprovados e a quantidade de conteúdo ensinado do que com a qualidade da educação que vem dando aos seus discentes e políticos voltados à sua candidatura e a construção de praças e monumentos, ao invés de formar consciência e trabalhar de forma clara uma política pública-social.

A pergunta que faço é. O que vamos deixar para as nossas crianças e nossos jovens? Será que essa cultura informatizada e globalizada acabará com as bibliotecas, com as brincadeiras de roda e com a conversa na calçada? Será que os abraços e as visitas na casa de um amigo serão trocadas pelas as salas de bate-papo e pelas redes sociais? Até onde a globalização e a tecnologia influenciam positivamente e negativamente na nossa vida social? Até onde ela leva informação ou desinformação para a sociedade?

É possível encontrar respostas e soluções para essas perguntas. A tecnologia está rompendo com os nossos relacionamentos e com a nossa convivência. Não que a tecnologia seja ruim, mas é preciso primeiro se educar para saber utilizá-la.

O fato é que estamos cada vez mais distantes uns dos outros e nem notamos. Pessoas sentadas num restaurante e com o celular na mão navegando na internet, casais que saem juntos, mas que tem que voltar pra casa antes de começar a novela das nove, jovens que pouco se falam na rua ou na escola, mas que são amigos íntimos nas redes sociais. São os novos meios de comunicação e as novas tecnologias que aproximam quem está longe e afastam quem está perto.

Essa é a nossa cultura tecnológica que movimenta milhares de pessoas todos os dias, contribuindo para compartilhar nossas ideias, frustrações, sentimentos, tristezas e felicidades com aquelas pessoas que nem sempre estão perto de nós.  Mas por outro lado, essas mesmas tecnologias vem nos transformando em máquinas, diminuindo os abraços, os beijos, os apertos de mão e fortalecendo os bens materiais, forçando-nos a adquirir cada vez mais aparelhos de última geração para que não fiquemos “atrasados” perante o restante da sociedade.

Nós necessitamos da informação rápida e precisa, precisamos do e-mail e das redes sociais, mas no estado atual do mundo em que vivemos, necessitamos muito mais de carinho, afeto, abraços, beijos e amor.

(Sergio Rubens)          

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