![]() |
Imagem da internet Evolução tecnológica e regressão na convivência social |
Alguém já se perguntou o que estamos deixando
para as futuras gerações? Apenas máquinas, jogos, computadores, celulares e
redes sociais? Porque não deixamos também uma boa educação e lições para se
conviver melhor em sociedade?
Sabemos que os
aparelhos tecnológicos tem o intuito de facilitar a comunicação e torná-la mais
rápida, o que não deixa de ser verdade, com a tecnologia que temos hoje, a
comunicação realmente se tornou mais rápida. A grande incógnita é! Que tipo de
informação queremos que chegue até nossas crianças e jovens? Será que a
informação que está chegando até eles é a mais viável? Como fazer para
controlar a informação que chega em nossa casa, na escola, no celular e na TV?
Novelas com cenas
de sexo explícito as oito horas da noite, reality shows com culto às bebidas e
farras, pais ocupados demais para saber o que seu filho anda vendo na internet,
escolas preocupadas muito mais com a quantidade de alunos aprovados e a
quantidade de conteúdo ensinado do que com a qualidade da educação que vem
dando aos seus discentes e políticos voltados à sua candidatura e a construção
de praças e monumentos, ao invés de formar consciência e trabalhar de forma
clara uma política pública-social.
A pergunta que
faço é. O que vamos deixar para as nossas crianças e nossos jovens? Será que
essa cultura informatizada e globalizada acabará com as bibliotecas, com as
brincadeiras de roda e com a conversa na calçada? Será que os abraços e as
visitas na casa de um amigo serão trocadas pelas as salas de bate-papo e pelas
redes sociais? Até onde a globalização e a tecnologia influenciam positivamente
e negativamente na nossa vida social? Até onde ela leva informação ou
desinformação para a sociedade?
É possível encontrar respostas e soluções para
essas perguntas. A tecnologia está rompendo com os nossos relacionamentos e com
a nossa convivência. Não que a tecnologia seja ruim, mas é preciso primeiro se
educar para saber utilizá-la.
O fato é que
estamos cada vez mais distantes uns dos outros e nem notamos. Pessoas sentadas
num restaurante e com o celular na mão navegando na internet, casais que saem
juntos, mas que tem que voltar pra casa antes de começar a novela das nove,
jovens que pouco se falam na rua ou na escola, mas que são amigos íntimos nas
redes sociais. São os novos meios de comunicação e as novas tecnologias que
aproximam quem está longe e afastam quem está perto.
Essa é a nossa
cultura tecnológica que movimenta milhares de pessoas todos os dias, contribuindo
para compartilhar nossas ideias, frustrações, sentimentos, tristezas e
felicidades com aquelas pessoas que nem sempre estão perto de nós. Mas por outro lado, essas mesmas tecnologias vem
nos transformando em máquinas, diminuindo os abraços, os beijos, os apertos de
mão e fortalecendo os bens materiais, forçando-nos a adquirir cada vez mais aparelhos de última geração para que não fiquemos “atrasados” perante o
restante da sociedade.
Nós necessitamos
da informação rápida e precisa, precisamos do e-mail e das redes sociais, mas
no estado atual do mundo em que vivemos, necessitamos muito mais de carinho,
afeto, abraços, beijos e amor.
(Sergio Rubens)
Nenhum comentário:
Postar um comentário